Tempo, calma e clareza: o que aprendi sobre viver sem pressa
- Carla FERREIRA
- há 5 dias
- 4 min de leitura

Olá Leitores (para ficar bem blogueira) 🌸
Se tem uma coisa que a vida ensina é que a gente não nasce pronto. Viver é também errar, mudar de ideia, recomeçar e se permitir descobrir novas versões de si mesma. Levamos tantos tombos, puxada de tapete, conquistas suadas e muitos episódios ninguém vê, passam de forma invisível!
E para a jornada ficar leve só o tempo mesmo, a calma e a clareza são ingredientes que tornam essa jornada muito mais leve.
E já que falo de ansiedade aqui e meus episódios, nada mais justo neste conteúdo , dividir com você algumas reflexões sobre a ansiedade de ser, tão comum nos 30 e poucos anos, e o medo de estar velha demais! Com o tempo, tudo ganha uma nova perspectiva.
E cada fase tem suas angustias e te explico:
A ansiedade de ser: a pressa dos 20 e poucos anos
Lembra dos nossos anos de ouro? Quem nunca sentiu aquela urgência em provar algo para o mundo? Aos 20 anos, parece que precisamos ter tudo definido: carreira, relacionamentos, corpo perfeito, estabilidade emocional e até um plano infalível para a vida.
Mas essa pressa de “dar certo cedo demais” é um truque da mente. A vida não tem linha de chegada. Ela é feita de capítulos, pausas e reviravoltas, e cada fase tem sua beleza. Olha eu aqui, recomeçando várias vezes e aprendendo sempre!
Com o tempo, percebemos que:
Nem tudo precisa estar pronto agora.
Mudanças de rota fazem parte da vida.
O “não” pode ser proteção, não culpa.
O “sim” ganha intenção, não vem de carência.
A crise dos 30: medo de estar atrasada ou ultrapassada
Chegar aos 30 traz outro tipo de ansiedade. De repente, a vida mostra que não é sobre provar algo para o mundo, mas sim sobre viver em paz com quem você é. Mas o medo de estar “velha demais” ou de ter ficado para trás no mercado de trabalho aparece com força.
Neste momento, estou sentindo isso de perto: a perda de um emprego, a dúvida sobre estar atualizada, se ainda tenho espaço nesse mercado tão competitivo, e até se querem uma mãe no time.
Tudo isso se mistura à sensação de que o tempo corre contra meus projetos pessoais, ao peso do “prazo de validade” imposto às mulheres e aos inúmeros questionamentos sobre meu papel e a diferença que posso fazer no mundo. Essa inquietação não é só minha: pesquisas mostram que muitas mulheres enfrentam dilemas semelhantes ao equilibrar maternidade, carreira e vida pessoal.
No Brasil, a maternidade entre mulheres com 35 anos ou mais tem se tornado cada vez mais comum. Em 2023, 13,7% dos nascimentos ocorreram nessa faixa etária, um aumento significativo em relação aos 7,2% registrados em 2003. Além disso, a porcentagem de partos em mulheres com 35 anos ou mais duplicou entre 1994 e 2018, passando de 7,6% para 15,5%. Outra pesquisa revelou que 93% das mulheres que optaram por adiar a maternidade para depois dos 35 anos conseguiram alcançar objetivos importantes relacionados ao estilo de vida ou à estabilidade financeira.
No entanto, essa decisão tem impactos claros na carreira profissional feminina. Estudos indicam que, após a licença-maternidade, muitas mulheres enfrentam dificuldades para retornar ao mercado de trabalho. Uma pesquisa da FGV mostrou que, após 24 meses, quase metade das mulheres que tiram licença-maternidade estava fora do mercado de trabalho, muitas vezes por iniciativa do empregador.
É uma realidade dura e, como um colega comentou certa vez, o mercado ainda não é justo com as mulheres. Entre dúvidas, ansiedades e pressões sociais, cresce a sensação de urgência: “será que estou fazendo tudo certo?” ou “será que ainda há tempo para meus projetos?”
A verdade é que esses medos são normais. A chave está em como você reage a eles e no quanto está disposta a se reinventar e agir para transformar a situação, e qual caminho irá escolher.
Primeiro conselho: calma — um presente diário 🌿
A calma não chega de repente; ela é cultivada. Quando você pisa devagar, descobre que:
✨ Comparações perdem força
✨ Erros viram aprendizado
✨ O tempo deixa de ser inimigo e vira mestre
A calma cria espaço entre o acontecimento e a sua reação, permitindo respirar fundo e lembrar que você não precisa se apressar para viver.
Segundo conselho: clareza — a chave para escolhas conscientes 🔑
A clareza surge quando você observa o que realmente te nutre e o que apenas pesa. É perceber que algumas portas precisam se fechar para que outras, mais alinhadas ao seu propósito, possam se abrir.
Ter clareza é identificar:
Quais decisões são realmente suas
Quais escolhas ainda são movidas pela necessidade de provar algo a alguém
O que você quer sustentar daqui para frente
O conselho que eu daria à minha versão de 20 anos
Se pudesse conversar com minha versão mais jovem, eu diria:
"Calma. Você não está atrasada. Está só começando. O tempo vai te mostrar o que faz sentido. Pise devagar e confie no processo."
Hoje, para a jovem senhora de 35 anos que seu, eu repito todo dia: calma, você sabe o que quer, e o universo vai te mandar e prepare para isso!
A verdade é que temos inúmeras batalhas, cada fase um desafio. Tempo, calma e clareza não são conquistas instantâneas. São processos. Aos poucos, você aprende a:
Parar de se comparar
Dizer “não” de forma consciente
Viver no seu próprio ritmo
Respire fundo. Você não precisa ter tudo pronto agora. Respire ainda mais fundo para perceber quão incrível você já é. 💛
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